Uma mensagem na garrafa

Durante toda esta semana, tentei não escrever isto, mas por fim acabei por admitir que precisava fazê-lo. Cheguei em um ponto que não tenho como contornar. Este vosso humilde servo está detido no verão de Buenos Aires, desempregado, aguardando os ventos mudarem de direção… Mas isto pode demorar muito mais do que um ou dois dias.

Tenho estado assim desde 2008 – algumas vezes melhor, outras pior. Tem sido impossível encontrar um emprego estável e as orações e buscas por trabalho não têm sido suficientes, embora – graças a Deus – eu não possa negar o fato notório de continuar milagrosamente vivo e ativo. Sou muito agradecido a aqueles que me contrataram para diversas tarefas através da Internet, porém NÃO estou tão agradecido assim a aqueles que deliberadamente se aproveitaram da minha situação para não me pagar [as tarefas encomendadas] ou tentaram “me dar canseira” de um jeito ou de outro: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” e outras coisas mais.

Mas agora tenho que passar para o outro ponto. Estou lançando esta garrafa no imenso oceano que é a Internet, na esperança de que alguém leia a mensagem e me ajude a sobreviver nesses próximos meses de naufrágio. Enquanto escrevo isto, estou sendo perseguido sem razão ou motivação em uma briga que nunca pedi para participar. Tenho orado para que eu, de alguma maneira, possa encontrar os meios para empacotar as minhas coisas e partir, mas continuo “preso” aqui e, assim, preciso assumir que essa é a vontade de Deus e então tenho que ter calma. Porém, a verdade é que preciso trabalhar, pois tenho que pagar as minhas mínimas e bastante modestas necessidades, bem como pagar os advogados que me defendem. Como muitos já sabem, a mesma pessoa que me chamou para vir pra cá, hoje está decidida a me expulsar do meu próprio lar. E para alcançar esse objetivo, esse homem – que com certeza sofre de sérios problemas emocionais – contratou bandidos e advogados inescrupulosos.

Em breve, graças a lei nº 26.564, recentemente assinada pela nossa Presidente [Cristina Kirchner], espero ser beneficiário de uma pensão [mensal]; entretanto, faltam alguns meses para que esse benefício comece a ser pago e, até lá, chegarão as contas; e não será fácil quitá-las se eu não tiver um trabalho. É aqui, caro leitor, que você entra: estou pedindo um pequeno donativo (ou, se for possível, um GRANDE donativo) para quitar as custas legais desta semana em que estamos adentrando e, também, para que eu possa sobreviver até maio ou junho próximos. Se alguém tiver um trabalho que eu possa fazer, por favor escreva-me usando o formulário de contato, clicando AQUI; mas se você sabe o meu e-mail, escreva-me diretamente. Ainda não estou gagá, embora esteja bem próximo dos 60 anos. Nada me deixaria mais feliz do que novamente ter algo para fazer. Entretanto, se você quiser fazer uma doação através do Pay Pal, por favor clique AQUI para doar. Nenhuma quantia é pequena demais ou GRANDE demais!

Gostaria de agradecer principalmente a aqueles que doaram pouco ou muito durante este ano tão difícil. 1 dólar, 1 libra ou 1 euro podem fazer muito por aqui. São essas pessoas que realmente me salvaram a vida. Espero um dia poder pagar-lhes com um bom livro ou uma visita virtual a Buenos Aires.

Mais do que qualquer outra coisa, gostaria de agradecer ao Pe. Gordon MacRae, que dedicou um belo artigo em seu importante Blog para anunciar o meu talento de tradutor católico. É uma honra visitar frequentemente o bom Pe. MacRae ainda que só o possa fazer virtualmente. Espero visitá-lo pessoalmente tão logo Deus me conceda a graça. Obrigado, Pe. MacRae, por sua bondade e seu corajoso testemunho de fé nesse encarceramento injusto que sofre.

Mais do que nunca, peço a vocês que se recordem de mim em suas orações e também se recordem dos meus bondosos benfeitores, tal como eu me recordo de todos vocês nas minhas orações.

Que Deus sempre proteja vocês,
Carlos Caso-Rosendi

 

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