Homens infalíveis?

  • Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
  • Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Como os católicos afirmam que um mero ser humano pode ser infalível?

É estranho ouvir esse argumento vindo de indivíduos que acreditam que todo ser humano, alfabetizado ou não, é infalível pelo princípio do julgamento privado, ou seja, que o julgamento de um homem é tão bom quanto o de outro, e que o julgamento de todos está correto.

Infalibilidade significa que Deus garante que o Papa não pode cometer erro em questões de fé e moral.

Infalibilidade NÃO significa que o Papa não pode pecar, nem significa que ele não pode cometer erros em outros assuntos, como história, política, ciências e afins. Somente quando ele declara [solenemente] que uma certa verdade é questão revelada é que ele é infalível.

Há quatro condições necessárias para que o Papa seja infalível:

1) Ele deve falar como Pastor principal e mestre da Igreja. As palavras que ele usa devem deixar claro para todos que ele está falando como Chefe da Igreja em questão de fé ou moral;

2) Ele deve estar falando para a Igreja universal, isto é, com os cristãos do mundo inteiro;

3) Ele deve falar “ex cathedra”, isto é, oficialmente, com suprema autoridade apostólica;

4) Deve ser sobre uma questão de fé ou moral, e não sobre qualquer outro assunto. Prova disso é encontrada na primeira Epístola de São Paulo a Timóteo, onde ele fala da Igreja de Cristo como “coluna e sustentáculo da verdade”. E em outro lugar, no Evangelho de São João: “pedirei ao Pai e Ele vos dará outro advogado, para estar convosco para sempre”.

Da mesma forma, sabemos pelas Escrituras que Cristo prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja e que prometeu estar com a Igreja até o fim dos tempos. Se essas promessas significam algo, elas significam que Cristo protegeria a Igreja no seu ENSINO da verdade, porque Ele estabeleceu essa Igreja principalmente como uma Igreja docente.

Isso não limita a discussão ou o debate entre os seus membros, porque a Igreja usa essa proteção do Espírito Santo somente em casos extremos, quando é necessário estabelecer a verdade de uma questão; e isso, sempre sobre verdades fundamentais.

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