A Moral e as palavras de Lutero

(Os dois primeiros itens são retirados das próprias edições das obras de Lutero. Os 5 itens seguintes são retirados de P. F. O. Hare: The Facts About Luther. Tan, Rockford, 1987).

 

1. Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521 (American Edition, Luther’s Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963): Se és um pregador da graça, então pregue uma graça verdadeira, e não uma falsa; se a graça existe, então deves cometer um pecado real, não fictício. Deus não salva falsos pecadores. Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda…Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar…Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia.

 

2. Carta 501 a MelanchthonPecca fortiter, sed crede fortius. À luz da versão da primeira citação: Peque fortemente (ou bravamente), mas creia mais fortemente.

 

3. Deves retirar o decálogo dos olhos e do coração (De Wette, 4, 188 – citado em P. F. O’Hare, The Facts About Luther, Rockford, 1987, p. 311 – De Wette era um autor protestante que colecionou significantes frases de Lutero em vários volumes).

 

4. São tolos os que querem vencer as tentações pelo jejum, orações e flagelações. Tais imorais tentações são facilmente vencidas quando existem muitas mulheres e donzelas por perto (O?Hare, p.311).

 

5. Sento-me aqui e rezo, triste, pequeno, sem buscar pela Igreja de Deus. Muito mais sou consumido pelas chamas de minha incontrolável carne. Quero dizer, eu que deveria arder pelo Espírito, sou consumido pela carne, e pela lascívia. (De Wette 2. 22. citado em O’Hare, p. 3l4).

 

6. Queimo com mil chamas em minha incontrolável carne: sinto-me levado a mulheres que beiram a loucura. Eu que deveria ferver em Espírito, somente fervo em impurezas. (Table Talk, citado em O’Hare, p. 315).

 

7. Em 25 de novembro de 1521 escreveu aos agostinianos de Wittenberg: Com tamanha dor e trabalho eu devo justificar a minha consciência de que eu sozinho devo acusar o Papa de anticristo e aos bispos de seus apóstolos. Quantas vezes meu coração não me abordou e me puniu com este forte argumento: “Isto é correto?Poderiam todos estarem errados e terem errado por todos os séculos? O que há de acontecer se tu errares e liderar uma multidão à condenação eterna?” (De Wette, 2. 107, citado em O’Hare, p. 195).

Traduzido para o Veritatis Splendor por Rondinelly Ribeiro Rosa.

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