“ufologia”

Antes de tudo venho expressar minha alegria pela existência deste site, e parabenizar a todos que fazem parte deste belo trabalho.
Gostaria de saber o que a Igreja Católica teria a dizer sobre o assunto: OVNIs?
A Ufologia por si só tem suas respostas, mas eu, como um Católico praticante, fico sem saber ao certo o que pensar e afirmar sobre este assunto; na verdade ainda não tenho uma opinião própria sobre isto.
Sei que diante de nossa Salavação em Jesus Cristo, e o Reino de Deus , este assunto poderia ser dispensado, mas particularmente gostaria de ter a opinião da Santa Igreja com relação a este tema que parece ser tão misterioso, como os OVNIs.
Muito Obrigado pela Atenção ! Aguardo resposta.
Cordialmente em Cristo; André Fay

Caríssimo André, salve Maria SS!!!

Obrigado pelos elogios ao nosso Apostolado: Deus lhe retribua em cêntuplo todo o bem que a nós desejas.

Este é um assunto indiferente para a Igreja no que toca o aspecto básico de Sua instituição: a salvação dos homens pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando não bole com assuntos referentes a moral a a Revelação a Igreja guarda prudente silêncio.

Isso não quer dizer que seja Ela totalmente alheia ao que se passa no mundo: não! Está atenta e vigilante para salvaguardar o patrimônio da fé na sua inteireza e dignidade!

O problema da tal “ufologia” são os devaneios decorrentes de uma imaginação fértil e, em muitos casos, da má-fé. Coisas como “eram os deuses astronautas?”, “viajens espaciais de santos”, “comunicação extraterrestre passando conhecimentos ocultos e/ou alta tecnologia” e demais sandices devem ser franca e totalmente combatidas por que levam o fiel a cair em armadilhas que confundem e pervertem a fé.

O cientismo ? ou cientificismo ? não podendo combater a sanidade da fé no domínio dos fatos, criam lendas, mitos, suposições, hipóteses, teorias, estórias e demais embustes dando ar de respeitabilidade científica (usando termos, conceitos e idéias “eruditos”) aos mais loucos delírios.

Repare que ninguém nunca apresentou uma prova contundente e concludente? Sempre argumentam que há uma “conspiração”, um “complô mundial perpetrado pelos grandes manipuladores do mundo para deixar os homens nas trevas do conhecimento”. É aquela velha história: ao fim e ao cabo a culpa vai ser sempre debitada na conta Igreja…

Como pôde perceber, digníssimo André, vemos que no final das contas trata-se daquela velha revolta gnóstica contra Deus e Sua Igreja.

O papel da Igreja é denunciar, esclarecer, explicar, ensinar, corrigir as coisas que são necessárias para a sanidade e santidade da fé do fiel.

Espero ter lhe ajudado com a clarificação do tema proposto.

Nos corações de Jesus, Maria e José;

MMLP

Post Scriptuim: à guisa de complemento exorto ao irmão na fé a leitura deste texto condensado de Sto Tomás de Aquino.

O Mandamento da Caridade segundo Santo Tomás de Aquino

Três coisas são necessárias à salvação do homem: A ciência do que se há de crer; a ciência do que se há de desejar; e a ciência do que se há de fazer. A primeira é-nos ensinada no Credo. A segunda, no Pai-Nosso. A terceira, na Lei. Agora vamos tratar desta última. Existem quatro leis:

A Lei da Natureza: é a luz da inteligência posta em nós por Deus, pela qual conhecemos o que devemos fazer. De fato, ninguém ignora que aquilo que não queremos que seja feito a nós não o devemos fazer ao outro.

“Sobre nós está assinalada a luz do teu semblante.”

A Lei da Concupiscência: Quando Deus criou o homem, a carne era submissa em tudo à alma, ou à razão. Mas, depois que o demônio pela tentação afastou o homem da observância dos preceitos divinos, também a carne se tornou desobediente à razão. Donde suceder que, ainda que o homem queira o bem segundo a razão, está todavia inclinado ao contrário pela concupiscência.

“Mas vejo outra lei nos meus membros, a qual se opõe à lei da minha razão.”

A Lei da Escritura, ou do Temor: A lei da natureza estava destruída pela lei da concupiscência. Fazia-se, portanto, necessário que o homem fosse restituído à obra da virtude e fosse afastado dos vícios. Para isto foi necessária a lei da Escritura. Deve-se saber, porém, que o homem é afastado do mal e induzido ao bem por duas coisas, a primeira das quais é o temor. De fato, a primeira coisa por que alguém começa a evitar o pecado é a consideração das penas do inferno e do juízo final. Conquanto não seja justo aquele que por temor não peca, daqui no entanto principia a justificação.

“O início da Sabedoria é o temor do Senhor.”

“O temor do Senhor expulsa o pecado.”

A Lei Evangélica, ou do Amor. Há outro modo de afastar do mal e induzir ao bem, a saber, o modo do amor, e deste modo foi dada a lei de Cristo, a lei Evangélica, que é Lei de Amor.

A lei do amor torna livre: Quem age somente pelo temor age ao modo de servo; quem, porém, o faz por amor, fá-lo ao modo de livre, ou de filho.

A lei do amor introduz nos bens celestes: Os observadores da primeira lei eram introduzidos nos bens temporais, mas os observadores da segunda lei são introduzidos nos bens celestes.

A lei do amor é leve:

“Não recebestes um espírito de servidão para recairdes no temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos.”

“O meu jugo é suave, e o meu peso é leve.”

Conclusão:
Como nem todos podem ser versados na ciência, foi-nos dada por Cristo uma lei breve, para que todos a pudessem saber, e para que ninguém por ignorância pudesse escusar-se de sua observância, e esta é a lei do amor divino.

Esta lei deve ser a regra de todos os atos humanos. Qualquer obra humana é reta e virtuosa quando concorda com a regra do amor divino. Quando, porém, discorda desta regra, não é boa, nem reta, nem perfeita. Portanto, para que os atos humanos se tornem bons, é necessário que concordem com a regra do amor divino
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Fonte: http://www.accio.com.br/Nazare/1946/charitas.htm

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