Basta seguir a consciência para viver uma vida moral adequada?

– Me disseram que a única coisa necessária para um católico viver uma vida moral [adequada] é seguir a sua consciência. Isso é verdade? (Anônimo)

É necessário mais do que isso. A consciência envolve um julgamento sobre o que é certo ou errado, mas isso não ocorre por mágica. Você primeiro precisa formar a sua consciência. Isto significa aprender sobre o bem e o mal, e isto é um trabalho para o intelecto.

Muitas pessoas pensam que a consciência é a faculdade que nos diz o que é certo e errado. Isto é um erro! A consciência é melhor definida como um alarme. Com o seu intelecto (sua mente), você aprende o que é certo e errado, e então a consciência “dispara” quando você estiver próximo de violar os padrões que o seu intelecto aprendeu. Se você não tem padrões, você nunca “ouvirá” o alarme.

Mas é insuficiente não negligenciar a formação da sua consciência. Você precisa estar certo que sua consciência não apenas está formada, como também formada corretamente. Se estiver, os julgamentos morais que você fará serão confiáveis. Se não estiver – se sua consciência foi pobremente formada – então os seus julgamentos morais não serão confiáveis.

Por exemplo: se disserem para você que roubar não é errado e se você realmente acredita nisto, você não terá qualquer inibição contra o roubo. E sua consciência não irá aborrecê-lo quando você vier a roubar, porque ela não é confiável quanto ao certo e errado. Ela está formada, mas não corretamente formada.

É verdade que nós temos a obrigação de seguir a nossa consciência, mesmo quando pobremente ou erroneamente formada; mas nós temos TAMBÉM a obrigação de formar a nossa consciência apropriadamente. Para os católicos, isto significa seguir o que Jesus ensina na Bíblia e na Tradição, através do Magistério da Igreja.

 

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