Como vocês respondem à acusação de que a Apologética é divisiva?

Reconhecendo que às vezes ela é; e que às vezes, não. Porém, devemos ter em mente que a divisão não é necessariamente uma coisa ruim.

Observe o ministério de Jesus. Foi Ele quem disse:

  • “Pensais que Eu vim trazer paz à terra? Pelo contrário, Eu vos digo: vim trazer a divisão. Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra conta nora e nora contra sogra” (Lucas 12,51-53).

Mas Cristo também falou sobre a necessidade das pessoas darem ouvidos aos mensageiros que Ele escolheu na Igreja. Ele disse:

  • “Quem vos escuta, é a Mim que está escutando; e quem vos despreza, é a Mim que está desprezando; ora, quem Me despreza, está desprezando Aquele que me enviou” (Lucas 10,16).

Paulo cansou de falar da importância de permanecermos fiéis a Cristo, mediante a adesão ao Seu ensinamento da forma como foi transmitido à Igreja. Ele escreveu a Timóteo:

  • “Toma como norma as palavras salutares que de mim ouviste na fé e no amor do Cristo Jesus. Guarda o precioso bem a ti confiado com a ajuda do Espírito Santo que habita em nós” (2Timóteo 1,13-14).

E embora Paulo tenha dito a Timóteo que evitasse as tolas disputas, ele mandou que corrigisse os adversários com bondade; não ordenou que ignorasse os erros. A Tito, Paulo escreveu:

  • “Evita, porém, questões tolas, genealogias, contendas, debates em torno da Lei, porque são coisas inúteis e vãs. Também, depois de uma primeira e uma segunda advertência, deixa de lado quem provoca divisão. Tal pessoa foi extraviada e está em pecado, sendo condenada por seu próprio juízo” (Tito 3,9-11).

Estas passagens indicam a importância da fé correta sem minimizar, além do necessário, para a caridade. A Verdade divide, mas não precisa envolver necessariamente virulência.

A Apologética é a contenda em favor da fé (cf. Judas 3), mas não precisa ser de fato contenciosa. Na verdade, quando aplicada apropriadamente, a Apologética consegue trazer não-católicos (e não-cristãos) a uma compreensão melhor e mais profunda sobre a fé dos outros [ou seja, da nossa Fé Católica].

 

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