O seu amigo está equivocado sobre o Concílio de Cartago, pois lemos no Cânon 36:
"[Foi decidido] que nada, salvo as Escrituras canônicas, deveria ser lido na Igreja sob o nome de 'Divinas Escrituras'. As escrituras canônicas são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Rute, 4 livros dos Reinos, 2 livros dos Paralipômenos, Jó, o Saltério de Davi, 5 livros de Salomão, 12 livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobit, Judite, Ester, 2 livros de Esdras, [e] 2 livros dos Macabeus. E também, do Novo Testamento: 4 livros dos Evangelhos, 1 livro dos Atos dos Apostólos, 13 epístolas de Paulo Apóstolo, 1 do mesmo [Paulo] aos Hebreus, 2 de Pedro, 3 de João, 1 de Tiago, 1 de Judas, [e] o Apocalipse de João. Assim, [foi decidido] que a Igreja do outro lado do mar seria consultada para confirmar este Cânon, bem como será permitido ler os sofrimentos dos mártires, quando da celebração de seus dias de aniversário" (extraído do “Denzinger Enchiridion Symbolorum”, obra que retrata as fontes do dogma católico).
Dois pontos importantes devem ser observados: Primeiro, embora os nomes e as divisões de alguns livros do Antigo Testamento sejam diferentes do emprego atual (por exemplo, os quatro livros dos Reinos são, nas Bíblias modernas, chamados de 1Samuel, 2Samuel, 1Reis e 2Reis), o Cânon corresponde [exatamente] ao da Bíblia católica e não ao das Bíblias protestantes. Segundo, esse Cânon teria que ser confirmado [- e foi -] pela "Igreja do outro lado do Mar", o que significa: [a Igreja] de Roma.