O tratado “De Cura pro Mortuis Gerenda” (O Cuidado Devido aos Mortos) foi escrito por Santo Agostinho em 421, como resposta a uma consulta feita pelo bispo Paulino de Nola, a respeito da vantagem de se sepultar um cristão junto ao túmulo de um santo.
Embora a pergunta fosse, de certa forma, simples, Santo Agostinho aborda uma série de fatos importantes e interessantes a respeito dos mortos, que até hoje são conservados e respeitados pela Igreja. Entre outras coisas, fala da utilidade da oração pelos mortos (antiquíssimo testemunho do Purgatório, ainda que tal palavra não apareça), a possibilidade da aparição dos mortos aos vivos (através do ministério dos anjos ou por permissão direta de Deus), a oração dos santos falecidos a nosso favor, o dia que a Igreja dedica a todos os falecidos (Dia de Finados), etc.
É obrigatória a leitura desta obra por todos os cristãos de boa vontade; podemos crer que, se Lutero e Calvino – grandes admiradores de Santo Agostinho – tivessem lido este tratado com o cuidado que merece (se é que tiveram acesso a ele), certamente o protestantismo não teria se afastado tanto da belíssima doutrina da Comunhão dos Santos, verdade bíblica conservada desde o princípio pela Igreja de Cristo. Contudo, podemos louvar a Deus pelo fato de algumas igrejas cristãs – principalmente entre os luteranos, anglicanos e reformados – estarem, aos poucos, resgatando essa verdade, como podemos depreeender das recentes declarações conjuntas a respeito de Maria e a Comunhão dos Santos.
- Parte 1 – Capítulos I a VI
- Parte 2 – Capítulos VII a IX
- Parte 3 – Capítulos X a XII
- Parte 4 – Capítulos XIII a XVII
- Parte 5 – Capítulo XVIII