É sempre perigoso dizer com precisão como será a próxima vida porque ela se situa fora de toda a nossa (atual) experiência. Ademais, se os grandes escritores sobre a questão da pós-vida servem como guias, existe uma verdade na sua declaração: que nós criamos o nosso próprio inferno pela vida que levamos.
Talvez você faça referência à observação de C.S.Lewis, sobre a porta do inferno ser trancada pelo lado de dentro. Isto é um jeito de dizer que nós criamos o nosso próprio inferno. O inferno é a punição para o pecado e o pecado, para ser realmente pecado, deve ser livremente escolhido. Se nós acabamos indo para o inferno, não iremos contrariados, chorando e gritando que "deve ter havido um grande engano!" nesse julgamento.
Você está correto ao dizer que o inferno começa neste mundo. Na vida que há de vir nossa existência terrena será vista desde o início da nossa jornada até o nosso destino final. No entanto, embora seja verdade que o inferno (e também o céu) começam nesta vida, não é correto dizer que o inferno será apenas nesta vida.
É desagradável pensar no inferno como uma realidade pós-túmulo, mas isso não significa que ele não existe. Se as escolhas que fazemos podem criar um inferno neste mundo, então por que não no próximo? Se podemos dizer "Sim" a Deus e passar a eternidade com Ele, por que não poderíamos dizer "Não" e passar a eternidade sem Ele?