“Vós, homens ricos, usais penicos de prata. Vós, mulheres ricas e estúpidas, atirais fezes em objetos de prata. Sois idiotas e orgulhosos até no defecar” (São Clemente de Alexandria, 150-214).
“O pão que para ti sobra é o pão do faminto. A roupa que guardas mofando é a roupa de quem está nu. Os sapatos que não usas são os sapatos dos que andam descalços. O dinheiro que escondes é o dinheiro do pobre. As obras de caridade que não praticas são outras tantas injustiças que cometes. Quem acumula mais que o necessário pratica crime” (São Basílio, 330-379; Comentário a Mateus 25,31-46).
“Feliz aquele que põe acima de todos os tesouros do mundo a ordem de Jesus: ‘Vai, vende o que tens e dá aos pobres'” (São Basílio, 330-379).
“Jesus não nasceu no lugar sagrado do Templo, onde o ouro, as pedras preciosas e a prata reluziam; ele nasceu numa estrebaria, para reerguer os que jazem no meio do esterco” (São Jerônimo, 331-419; Homilia sobre o Natal).
“As riquezas são injustas porque são fruto da miséria dos outros” (São Jerônimo, 331-419).
“A solidariedade com o pobre é lei de Deus, não um mero conselho” (São Gregório de Nissa, 335-385).
“Nabot não foi o único pobre assassinado. Todo dia um Nabot cai ao solo; todo dia um Nabot é assassinado… Tu não estás dando ao pobre o que é teu, mas lhe devolves o que é dele. Pois o que é comum e foi dado a todos, tu o estás usurpando sozinho. A terra pertence a todos e não apenas aos ricos. Infelizmente, são pouquíssimo os que podem usufruir a terra” (Santo Ambrósio, 339-397; Comentário a 1Reis 21).
“Tu vais participar da eucaristia? Então, não humilhes teu irmão. Não desprezes o faminto… Quê? Tu fazes memória de Cristo e desprezas o pobre? Tu não ficas horrorizado? Bebeste o Sangue do Senhor e não reconheces teu irmão? Ainda que o tenhas desconhecido antes, deves reconhecê-lo nesta mesa… Tu, que recebeste o pão da vida, não faças obra de morte” (São João Crisóstomo, 344-407; Comentário a 1Coríntios 11,17-34).
Tu, que revestes tua cama de prata e de ouro o teu cavalo, se te pedirem conta e explicações de tanta riqueza, que razão alegarás? Quando tu já estiverdes morto, as pessoas que passarem diante de teu palácio, vendo o tamanho e o luxo, dirão ao seu vizinho: ‘ao preço de quantas lágrimas foi edificado este palácio? De quantos órfãos deixados nus? De quantas viúvas injustiçadas? De quantos operários espoliados de seu salário?’ Sim, nem morto escaparás das acusações” (São João Crisóstomo, 344-407; Comentário ao Salmo 49).
“A ajuda aos pobres é mais importante que o jejum e a virgindade, pois abraça o povo de Jesus Cristo” (São João Crisóstomo, 344-407).
“Como tu, rico, que acumulaste tua riqueza pisando sobre o pobre, ainda tens a coragem de entrar na Igreja?” (São João Crisóstomo, 344-407).
“Justiça é ajudar aos necessitados. Exercei a justiça e terás a paz!” (Santo Agostinho, 354-430).