46: 2º mandamento: não tomar o santo nome de deus em vão

Fonte: Livro “Curso de Catequesis” do Editorial Palavra, España

Traduzido por Pe. Antônio Carlos Rossi Keller

Tema 46: “2o MANDAMENTO: NÃO TOMAR O SANTO NOME DE DEUS EM VÃO”

 

INTRODUÇÃO:

            Encontramos em um livro, o seguinte fato:

            “Havia uma cantora de ópera famosa, que tinha feito muito sucesso, e que fora aplaudida nas principais cidades do mundo. Mas um dia, começou a perder a voz e a sentir incômodos na garganta. Os médicos descobriram-lhe um mal incurável, que poderia acabar com sua vida. Para evitar que isso acontecesse, necessitava ser operada urgentemente. Disseram-lhe: Você já não poderá cantar e nem falar mais. No dia combinado, momentos antes da operação, perguntaram-lhe se queria dizer alguma coisa. Ela respondeu com um sorriso: Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao Espírito Santo. Foram as últimas palavras que pronunciou.”

            É um acontecimento comovedor e exemplar. O segundo mandamento da Lei de Deus nos ordena precisamente que honremos o nome de Deus.

 

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1.      O nome de Deus é santo

Deus é santo, e seu nome também o é, porque o nome representa a pessoa. Assim se explica que, se alguém pronuncia de forma irreverente o nome de uma pessoa querida, sintamos indignação. Essa é a razão pela qual, quando nomeamos a Deus, não pensemos em  umas letras que compõem uma palavra, mas no mesmo Deus, Uno e Trino. Por isso, temos de santificar seu nome e pronuncia-lo com grande respeito.

Os anjos e os santos no céu louvam continuamente o nome de Deus, proclamando-o três vezes santo. Nós pedimos no Pai Nosso: “Santificado seja o vosso Nome”, e temos de nos esforçar para que o nome de Deus seja glorificado na terra.

2.      Como honramos o nome de Deus

Honramos e santificamos o nome de Deus quando o louvamos como Criador e Salvador, confessando perante todos que é nosso Deus e Senhor; escutando com devoção ou meditando a palavra de Deus; quando damos graças por tudo o que nos concede ou pedimos com confiança sua ajuda ou proteção; cuidando de tudo o que lhe está consagrado; quando procuramos que Deus seja conhecido, amado e honrado por todos; jurando com piedade, justiça e verdade, e quando fazemos votos ou promessas de coisas gratas a Deus, com intenção de cumpri-los.

3.      O respeito das coisas santas

Em atenção ao nome de Deus, que de alguma maneira ostentam, temos de respeitar os lugares, as coisas e pessoas a Ele consagrados. São lugares sagrados os templos e os cemitérios, que exigem um comportamento cheio de respeito e dignidade. São coisas sagradas o altar, o cálice e outros objetos dedicados ao culto. São pessoas consagradas os ministros de Deus e os religiosos; portanto, o Papa, os bispos, os sacerdotes merecem todo o respeito – pelo que representam – e nunca se deve falar mal deles.

            Quando se profanam coisas ou lugares sagrados, ou se injuriam às pessoas consagradas a Deus, comete-se um pecado de sacrilégio.

4.      O juramento é colocar a Deus por testemunha

Às vezes, é necessário que aquele que faz uma declaração sobre o que viu ou ouviu, tenha de reforça-la com um testemunho especial. Em ocasiões muito importantes, sobretudo em um tribunal, pode-se invocar a Deus como testemunha da verdade daquilo que se diz ou promete; isso é fazer um juramento. Fora destas circunstâncias não se deve jurar nunca, e é necessário procurar que a convivência humana se estabeleça na base da verdade e da honradez. Jesus disse: “Seja, pois, o vosso modo de falar: si, sim; não, não. O que excede isso, vem do Maligno” (Mateus 5,37).

5.      Voto e promessa

Voto é a promessa deliberada e livre, feita a Deus acerca de um bem possível e melhor, com a intenção de obrigar-se a cumpri-la. O costume será o de fazer propósitos que nos ajudem a melhorar, sem necessidade de votos e de promessas, a não ser que Deus assim nos peça. Se alguma vez queremos fazer alguma promessa a Deus, será prudente perguntar ANTES ao confessor, para nos assegurar de que podemos cumpri-la.

6.      Pecados contra o 2o Mandamento

Além dos pecados de perjúrio ou de não cumprimento de um voto, os pecados contra este mandamento são: pronunciar com ligeireza ou sem necessidade o nome de Deus, nomear a Deus com enfado, maldizer e blasfemar. A blasfêmia consiste em dizer palavras ou fazer gestos injuriosos contra Deus, a Virgem, os Santos e a Igreja. Se é repetida de forma constante, é um pecado grave, já que vai diretamente contra Deus.

7.      O nome do cristão

No batismo, impõe-se um nome ao neófito; os pais, padrinhos e o pároco devem procurar que seja um nome cristão, o nome de um santo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a Deus. Ao ser colocado sob o patrocínio de um santo, se oferece ao cristão um modelo de caridade e se lhe assegura a intercessão. Assim, resulta que o nome de cada pessoa é sagrado e merece respeito. Deus conhece a cada um de nós por seu nome.

8.      PROPÓSITOS DE VIDA CRISTÃ:

·          Invocar com confiança o nome de Deus e fazer sempre atos de desagravo quando se escute alguma coisa contra Deus, a Igreja, os sacerdotes, maldições ou blasfêmias.

·          Procurar que acreditem no que dizemos por nossa palavra, sem necessidade de juramentos.

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