– Existe alguma confirmação dos eventos narrados na Bíblia em outras fontes que não sejam na própria Biblia?
Os eventos mais documentados em escala mundial correspondem aos capítulos 6 a 9 do Gênesis. Um considerável número de manuscritos babilônicos descobertos recentemente descrevem eventos semelhantes.
Há mais informação acerca da lista dos reis da Suméria.
Na lista de reis da Suméria, por exemplo, encontramos os reis que governaram por longos períodos de tempo e a referência a uma enorme inundação que atingiu a terra. Após o dilúvio, os reis da Suméria passaram a governar em períodos mais curtos. Este mesmo padrão é observado na Bíblia quando lemos que o homem possuía um nível de longevidade superior antes do Dilúvio e inferior após. A tabuinha nº 11 da história épica de Gilgamesh fala de uma arca e como muitos animais foram postos ali; fala acerca dos pássaros que foram enviados durante o dilúvio, de como a arca acabou encalhando sobre uma montanha e do sacrifício realizado quando a arca tocou a terra.
A história de Adapa narra uma prova da imortalidade que envolve o dilúvio e é muito similar à história de Adão e Eva no Jardim do Éden.
As tabuinhas sumérias registram a confusão de línguas registrada na Bíblia (Gên. 11,1-9). O relato sumério narra que houve uma época em que todos os seres humanos falavam uma mesma língua. A linguagem foi confundida pelo dios Enki, senhor da sabedoria. Também os babilônios possuem um relato similar em que os deuses destroem uma torre e confundem a linguagem dos homens.
Outros exemplos de confirmação de eventos bíblicos seguem abaixo;
- A campanha militar do faraó Sisac em Israel (1Reis 14,25-26) encontra-se registrada nos muros do templo de Amon em Tebas, no Egito.
- A revolta de Moabe contra Israel (2Reis 1,1; 3,4-27) está registrada em uma inscrição de Meca.
- A queda de Samaria (2Reis 17,3-6.24; 18-9,11) sob Sargão II, rei da Assíria, encontra-se registrada nas ruínas de seu palácio real.
- O ataque de Asdod por determinação de Sãrgão II (Isaías 20,1) está registrado anos muros de seus palácio.
- A campanha do rei assírio Senaquireb contra Judá (2Reis 18,13-16) encontra-se registrada na prisma de Taylor.
- A saga de Senaquireb (2Reis 18,14.17) está registrada nos relevos de Lachish.
- O assassinato de Senaquireb por seus próprios filhos (2Reis 19,37) encontra-se registrados nos anais de seu filho Esarhaddon.
- A queda de Nínive tal como foi profetizada pelos profetas Naum e Sofonias (Sof. 2,13-15) está registrada na tabuinha de Nabopolasar.
- A queda de Jerusalém sob Nabucodonosor, rei da Babilônia (2Reis 24,10-14), encontra-se registrada nas crônicas da Babilônia.
- O cativeiro do rei de Judá em Babilônia (2Reis 24,15-16) está registrado nas crônicas da Babilônia.
- A queda da Babilônia sob os medos e persas (Daniel 5,30-31) encontra-se registrada na esfera de Ciro.
- A libertação dos cativos da Babilônia por ordem de Ciro, o Grande (Esdras 1,1-4; 6,3-4), está registrada na esfera de Ciro.
- A existência de Jesus Cristo encontra-se registrada por Flávio Josefo, Suetônio, Talo, Plínio o Jovem, Luciano e pelo Talmud.
A expulsão dos judeus de Roma durante o reinado do imperador Cláudio (Atos 18,2) encontra-se registrada em Suetônio.
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Mais informação sobre a lista de reis sumérios: existem mais de 16 fragmentos e uma cópia recente da lista de reis sumérios encontrados em diferentes partes e tempos. O primeiro fragmento foi descoberto na biblioteca do templo de Nippur, no Iraque, no início do século XX, e foi publicado em 1906. A cópia mais completa, a prisma de Weld-Blundell, foi comprada em um mercado de antigüidades durante a Primeira Guerra Mundial e atualmente se encontra no Museu Ashmoleano de Oxford, na Inglaterra. Para obter informações detalhadas sobre a lista de reis sumérios e a Bíblia, veja-se o artigo “A Lista dos Patriarcas Antediluvianos e os Reis Sumérios”, de autoria de Raúl López, na revista técnica CEN 12 (3), 1998, págs. 347-357.
