Início das técnicas de lavagem cerebral, hipnose e transe coletivo no meio protestante

Por Jaime Francisco de Moura

Em 1741 o Pastor Jonathan Edwards descobre por acidente, algumas técnicas de hipnose e transe coletivo durante uma cruzada religiosa nos Estados Unidos. Ele percebeu que induzindo culpa e tensão, os “pecadores” presentes sucumbiam e submetiam-se completamente aos seus comandos. Edwards estava criando condições que expunham o cérebro totalmente, deixando-o assim sujeito à reprogramação. Em outras palavras, DECODIFICAÇÃO.

A DECODIFICAÇÃO é a desprogramação ou remoção de elementos da memória, de condicionamentos e de decisões, sempre realizados pela pessoa e registrados no nível inconsciente. O que é decodificado não mais é percebido pelo indivíduo no nível inconsciente. A memória antiga então desaparece, dando lugar a uma nova mentalidade. É bom deixar bem claro que o consciente e o inconsciente reagem de modo diferente à mesma coisa. O primeiro é racional; o segundo é carregado de emoção. É no inconsciente que os pastores trabalham mais.

Charles C. Finney em 1835 foi outro Pastor protestante que usou as mesmas técnicas quatro anos depois, em conversões religiosas massificadas.  Eduard, no caso, simplesmente tropeçou nesta técnica que realmente funcionava. Outros copiaram, e ela continuou sendo copiada até hoje no protestantismo atual.

Edwards e Finney levaram a extremos métodos considerados eficazes desde tempos imemoriais por inúmeras igrejas evangélicas atuais, por seitas religiosas e estão começando a ser cada vez mais imitados por certas crenças políticas.

Por volta de 1847 aparece um outro norte-americano utilizando-se da hipnose. Seu nome era Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que nasceu em New Lebanon, no estado de New Hampshire. Quimby era um relojoeiro e, a partir de 1847, dedicou-se à cura de doenças por intermédio da mente.

Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade etc. O fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã. Daí em diante, os promotores dos ideais de Quimby procuram se passar por Cristãos evangélicos.

Nesta mesma época surgem mais dois pastores protestantes: Essek Willian Kenyon (1867) e Norma Vincent Peale (1898) também Americanos. Norma Vicent lança em 1952, a obra “O Poder do Pensamento Positivo”.

Dr. Kenyon foi o responsável de transportar para o meio evangélico, a filosofia da prosperidade em teologia da prosperidade. Esta se tornou o fundamento do ministério do pastor Kenneth Hagin. Ele é conhecido como o Pai do Movimento da Fé. Tornou o maior pregador e publicador da teologia da prosperidade, e junto com Dr. Kenyon é o mentor das igrejas neopentecostais.

A partir destes precursores, surgiram os estudiosos da filosofia do pensamento positivo, poder da mente e da prosperidade, que começaram a escrever literaturas de auto-ajuda.

Neste mesmo período, começa a chegar também aos Estados Unidos, a doutrina dos gurus do Oriente, e o Ocidente recebe muito bem a doutrina do karma, da meditação, yoga e do pensamento positivo.

Os ensinos da filosofia da prosperidade ocidental, as literaturas de auto-ajuda e o movimento da Nova Era, penetraram nas igrejas cristãs americanas detonando a dogmática bíblica e deixando um oceano de heresias.

Conclusão

Dentro desse contexto está incluso a falsa doutrina psicológica nas igrejas Americanas que se espalhou para o mundo, e que está se adentrando na América Latina e no Brasil.

 

Fonte: Cultos protestantes, lavagem cerebral e hipnose. 2ª edição – 2017 – Editora Com Deus

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