Julian Green – Escritor Convertido
Julien Green, Norte Americano de nascimento tornou-se um dos escritores católicos mais conhecidos neste século.
Este famoso romancista em várias entrevistas deu a conhecer seu pensamento em matéria religiosa. Falando de si mesmo revelou: ?Quando criança minha mãe me educou na fé evangélica. Desde os seis e sete anos, lhe fazia muitas perguntas sobre a fé às quais respondia o melhor possível. Aos quinze anos li um livro de um jesuíta francês sobre a fé católica e um livro do Cardeal de Baltimore, que respondia a todas as minhas inquietudes. Assim, pois, abracei a fé católica com grande entusiasmo até o dia de hoje?. Quando disse isto a meu pai, me disse: ?Eu também me converti ao catolicismo um ano atrás, quando estava na Inglaterra?. O mesmo aconteceu ao filho de Stravinski que se converteu da Igreja ortodoxa ao catolicismo. Como soube dele mesmo, o grande músico reagiu da mesma maneira: ?Te compreendo, filho, eu também sou um homem interessado nas coisas do espírito?. ?No entanto, de protestante guardei isto: nunca faltar à verdade e jamais deixar a leitura diária da Bíblia. A fé é um fio suspenso sobre o abismo dos horrores?.
Green como romancista penetrou no mundo do mal e por isso afirmou: ?O demônio não é uma abstração, mas uma pessoa que quer conquistar os homens. Para não deixarmo-nos hipnotizar, temos que pedir ao Pai:”Livra-nos do mal”. O demônio é o “príncipe deste mundo”, segundo a expressão do Evangelho e “o antigo adversário” para Dante. Baudelaire afirmava que “a maior vitória do demônio é fazer-nos crer que não existe”. Baudelaire e Pascal tocam as questões mais profundas e difíceis do catolicismo. Sempre me impressionou que Baudelaire morresse numa igreja da Bélgica?.
Para Green escrever significava fidelidade a uma verdade. ?Escrever um romance é para mim, ver algo?. ?É dom da escritura automática? de que falava Kafka. Alguém dita, eu escrevo. Quando termino o romance, me surpreendo daquilo que nasceu.