O ladrilho “Isa” e o Santo Sudário

Autor: Victor Gamboa Delgado

Philip E. Dayvault, um agente especial do FBI, especialista em Física, que estuda o Santo Sudário de Turim desde 1973, realizou uma expedição à Turquia em 2002 e aí descobriu um pequeno mosaico, ladrilho ou azulejo em um museu afastado, conservado por muçulmanos, que parece confirmar a existência física do Santo Sudário no século I d.C.

O mosaico é conhecido como “Isa Tile” por se tratar de um ladrilho, sendo “Isa” o nome que os muçulmanos dão a Jesus.

Esta descoberta parece corroborar a lenda do Rei Abgaro V, que narra como o Santo Sudário saiu de Jerusalém e chegou à Turquia antes de ir parar em Turim, onde é hoje conservado na Catedral de São João Batista.

Philip E. Dayvault, percorrendo o museu e tentando manter um bom relacionamento com os curadores, foi autorizado a ingressar em uma das câmaras internas do museu – com uma área de 20 por 30 pés -, à qual chegou após passar por diversas portas fechadas. O curador do museu disse-lhe que os artefatos ali guardados eram muito valiosos. Com sua lanterna passou a olhar o que havia ali e em um certo ponto encontrou, numa segunda estante, o Latrilho Isa que, com toda certeza, representa a face de Deus.

Os muçulmanos sabiam o que tinham ali, pois o curador, quando se deu conta da exclamação de Dayvault, disse: “Isa, Isa”, e o intérprete inclusive acrescentou que a face do mosaico é a mesma face do homem crucificado que aparece no Santo Sudário de Turim.

O museu tinha mantido o Ladrilho Isa fora das vistas do público durante décadas porque tinha conhecimento do que aquilo significava. O museu encontra-se na parte leste da Turquia, que é uma zona com alta concentração de muçulmanos ortodoxos. No inventário do museu o ladrilho é descrito oficialmente como “um homem com barba”, sem qualquer sugestão a Jesus Cristo.

Davyault escreve tudo isso no seu livro “O Karamion Perdido e Encontrado – Uma viagem à face de Deus”, onde descreve o que encontrou. A partir de então passou a chamar o mosaico de “Ladrilho Isa”, devido à reação do curador do museu.

Apesar do pouco tempo que teve, conseguiu tirar fotos e examiná-lo. O tamanho do ladrilho é de cerca de 9 x 12 x 4 polegadas. O material é muito provavelmente tufo calcário ou uma mistura de cinza vulcânica e calcário, extremamente clara e dura. E isto o liga com a Lenda do Rei Abgaro V:

Pouco após a Ascensão de Cristo, por volta do ano 30, o Apóstolo Judas Tadeu, um dos discípulos de Cristo, supostamente levou para Edessa, terra do Rei Abgaro V, um pano com o rosto de Jesus Cristo, conhecido como “Mandylion”, e que está associado ao Santo Sudário. Edessa é uma antiga cidade da Mesopotâmia superior, atualmente chamada Sanliurfa.

Diz a lenda que o Rei Abgaro V tinha uma doença incurável – talvez gota ou lepra – e tinha ouvido falar dos milagres realizados por Jesus. Assim, escreveu a Jesus, pedindo-lhe que viesse até ali para curá-lo. O historiador Eusébio [de Cesareia] diz que Jesus não pôde ir até Edessa, mas, impressionado pela fé de Abgaro V, enviou Judas Tadeu com o Sudário. Ao olhar para a pano, o Rei Abgaro V foi curado, converteu-se ao Cristianismo e, com ele, toda Edessa, tornando-se assim uma das primeiras comunidades cristãs fora de Jerusalém.

A lenda afirma que Abgaro V mandou fazer o ladrilho com a mesma imagem do rosto de Cristo contida no pano e este [ladrilho] foi colocado sobre a porta ocidental da cidadela de Edessa, para render homenagem à imagem de Jesus Cristo.

Contudo, seu segundo filho, Ma’nu VI, subiu ao trono em 57 d.C. e retornou ao paganismo, motivo pelo qual o Sudário com a imagem de Jesus e o ladrilho foram escondidos em um túnel existente na porta ocidental da cidadela, para que não fossem destruídos. No ano 525 d.C. foram encontrados, por ocasião da reconstrução de uma das paredes, após uma grande inundação.

Em suma: o Ladrilho Isa provavelmente foi criado na época do Rei Abgaro V, como representação da imagem daquilo que hoje se chama “Santo Sudário de Turim”, que então se encontrava em Edessa.

  • Fonte: Catolico, defiende tu fe (Facebook)
  • Tradução: Carlos Martins Nabeto

 

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