Dr. Rafael Vitola Brodbeck
Após declarar a vitória do terrorismo islâmico sobre a Espanha, retirando suas valorosas tropas do Iraque por pressão de células ligadas à Al-Qaeda, o premiê José Luis Zapatero dá novos passos para implantar a revolução comunista naquele católico e heróico país. De fato, a máxima de que não se negocia com terroristas foi desrespeitada, criando-se um funesto precedente: a partir de agora, saberão os fundamentalistas muçulmanos que o crime compensa e que, para verem suas pretensões satisfeitas, basta matar alguns milhares de pessoas.
Aproveitando o temor espanhol, o PSOE de Zapatero galgou surpreendentemente o poder, chegando à chefia do governo. A histórica afinidade ideológica entre a militância islâmica e os movimentos de esquerda comprovou sua eficácia, tingindo a gloriosa Espanha com o rubro da vergonha e da covardia.
Não poderiam ser diferentes os caminhos tomados logo a seguir pelo novo primeiro-ministro, com destaque ao patrocínio oficial do aborto, à regulamentação das uniões homossexuais e sua equiparação ao Matrimônio, e à ruptura da concordata entre o Reino e a Santa Sé quanto à disciplina de ensino religioso nas escolas públicas.
Imita Zapatero, nesse diapasão, a orientação anticatólica da União Européia, onde pululam grupelhos comunistas, eco-terroristas, abortistas, islamitas, neonazistas, todos em conluio a atacar a Civilização Cristã erguida na Europa sobre os escombros de um imoral e decadente Império Romano. O Núncio Apostólico na Espanha, Dom Manuel de Castro, defendeu, em nome de Roma, o ensino religioso católico nos colégios estatais, eis que “uma percentagem muito elevada de pais quer que os seus filhos sejam educados nos princípios que nos deram a Espanha e a Europa que temos hoje.”
Foi na Fé Católica que a Europa desenvolveu-se. Sob a cultura cristã cresceu e tomou impulso, a ponto de descobrir as Américas e nelas plantar a semente da civilização e do Evangelho. A Espanha do passado, católica, defendeu a Europa da invasão islâmica. A Espanha do presente, católica também mas governada por socialistas, escancara suas portas ao terror, cedendo a iníquas exigências muçulmanas, e, por outro lado, afasta-se da moral cristã ao defender o homossexualismo, o aborto e o ensino ateu. Uma sombra satânica escurece os céus da outrora aguerrida Europa…
Advogado, escritor e pensador católico