Mortimer Jerome Adler nasceu na cidade de Nova York, filho de um vendedor de jóias imigrante. Abandonou os estudos aos 14 anos de idade e começou a trabalhar como secretário e copista no New York Sun, com esperança de se transformar em jornalista. Um ano depois, passou a freqüentar aulas noturnas na Universidade de Columbia para melhorar sua redação. Foi lá que ele se interessou, após a leitura da autobiografia do filósofo inglês John Stuart Mill, pelos grandes filósofos e pensadores da Civilização Ocidental. Adler sentiu-se impelido a continuar suas leituras ao descobrir qu e Mill lera Platão com apenas cinco anos de idade, enquanto ele nunca o havia lido. Um livro de Platão foi emprestado a ele por um vizinho e ele se apaixonou. Decidiu então estudar filosofia na Universidade de Columbia, onde conquistou uma bolsa de estudos. Mas ele era tão absorvido pela filosofia que não conseguiu completar as disciplinas requeridas de educação física para conquistar seu bacharelado.
Apesar disto, seu domínio dos clássicos se tornou tão grande que a Universidade de Columbia o premiou com um doutorado em filosofia alguns anos após ele começar a lecionar lá. Adler se tornou instrutor na Universidade de Columbia nos anos 20. Ele continuou a participar do programa de leitura dos grandes clássicos que havia sido iniciado por John Erskine. Este tipo de ambiente inspirou seu interesse pela leitura e pelo estudo dos “Grandes Livros” da Civilização Ocidental. Ele também defendeu a idéia de que a filosofia deveria ser integrada com a ciência, a literatura e a religião . Esta combinação de interesses dominou sua carreira em instituições educacionais e de pesquisa como a Universidade de Chicago, a Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill), o Instituto para Pesquisas Filosóficas e o Instituto Aspen. Adler ajudou a fundar estes dois últimos institutos. No Instituto Aspen, ele ensinou os clássicos a executivos por mais de 40 anos. Ele também participava da Mesa Diretora da Fundação Ford e da Encyclopaedia Britannica, onde sua influência se mostrava claramente através das políticas e dos programas. Ele foi também co-fundador, junto com Max Weismann, do Centro de Estudo das Grandes Idéias.
Adler foi indicado para o corpo docente da faculdade de filosofia da Universidade de Chicago em 1930. Esta indicação levou a um conflito com o resto do corpo docente, por causa das inovações que ele propunha para o currículo, mudanças baseadas nos seus interesses centrados na leitura, discussão e análise dos Clássicos e um enfoque filos ófico integrado ao estudo de disciplinas acadêmicas diversas. Estes conflitos com o corpo docente fizeram com que fosse deslocado, em 1931, para a Escola de Direito, como professor de filosofia do direito. Por toda sua carreira como filósofo e educador, Adler escreveu volumosamente, enfatizando com constância o enfoque integrado e multidisciplinar à filosofia, política, religião, direito e educação. Ele passou toda uma existência tornando os maiores textos da filosofia acessíveis a todos. Como ele mesmo escreveu, “Ninguém pode se educar inteiramente na escola, não importa quanto tempo permaneça lá ou quão boa ela seja”. Por toda sua carreira como professor, Adler permaneceu devotado a ajudar aqueles de fora da academia a progredir com sua educação. Ninguém, independentemente da idade, deve parar de aprender, de acordo com Adler.
Dr. Adler, um auto-entitulado pagão a maior parte de usa vida, converteu-se ao Cristianismo em 1984 e foi batizado por um pastor Episcopal em 21 de abril daquele ano. Em dezembro de 1999 ele se converteu ao catolicismo romano, e morreu tranqüilamente em sua casa na Califórnia em 28 de junho de 2001, aos 98 anos de idade.
Fonte: http://radicalacademy.com/adlerbio.htm.