TRADIÇÕES NATALINAS – COROA DO ADVENTO: AS VELAS DEVEM SER ROXAS OU COLORIDAS?

“No mercado, encontramos [coroas com] velas multicoloridas, e até douradas, muito lindas, mas…, é bom que saibamos quais são as cores que realmente podem representar o espírito cristão deste período.

Para coroas de quatro velas, uma para cada semana do Advento, o conjunto de cores indicadas são de dois tipos:

a) Três roxas e uma rosa, esta (=a rosa) sendo acesa no 3º Domingo [do Advento], quando os paramentos dos celebrantes também podem ser róseos. Esta cor é como se fosse «um roxo mais suave – mais alegre». O 3º Domingo do Advento é chamado de «Gaudete» – imperativo plural do verbo latino «gaudere» – «alegrar-se»; assim, «gaudete» se traduz por «Alegrai-vos», e é esta a primeira palavra da Antífona de Entrada (início da Missa), tirada de Filipenses 4,4 que, em latim, é assim: «Gaudete in Domino semper: iterum dico gaudete. Dominus prope est.» Tradução: «Alegrai-vos sempre no Senhor: repito Alegrai-vos. O Senhor está perto». Por isso, também é chamado de Domingo da Alegria.

ou

b) Uma de cada cor, nesta sequência: verde, roxa, rosa e vermelha. O verde é símbolo da esperança, e no Advento celebramos a esperança da vinda definitiva do Reino de Deus, quando Ele será tudo em todos. O roxo, como sabemos, nos lembra um tempo de penitência, de reflexões meditativas, de preparação espiritual para o nosso encontro com Ele. [O rosa, no 3º domingo, conforme visto no item anterior]. No quarto Domingo, é acesa a vela de cor vermelha, símbolo do amor de Deus por nós, que enviou seu amado Filho para o nosso meio, e se fez Carne e alimento para a vida eterna.

Tanto em um como no outro tipo de cores que descrevemos acima, só se poderia colocar uma quinta vela na noite do Natal, no centro da Coroa, de cor branca ou dourada, pois Cristo é a Luz do Mundo. Esta quinta vela, no entanto, pode ser dispensada, pois na noite ou no dia do Natal já temos outros símbolos, como a imagem do menino Jesus, do presépio, e até uma árvore de Natal representando a Vida, com seus frutos – só produzidos por nós se estivermos recebendo a sagrada seiva vinda do tronco-Cristo” (Diác. José Paulo Lombardi; Boletim da Catedral de Barretos-SP, nº 100, dez./2013, p.4).

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